segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Chico Xavier - de Pedro Leopoldo a Uberaba

"No fim, todos chegaremos aos mesmos resultados, que é a vitória do bem". 
(Chico Xavier)
 
Neste ano que finda hoje, Fernando Portela escreveu, em parceria com o diretor italiano Simone Colombo, roteiros de dois filmes: "O Homem que Comprou o Paraíso" (uma comédia) e "O Fogo de Satã", drama passado no tempo do cangaço, com o mesmo título de um dos livros juvenis do escritor e jornalista, baseado nesta história. 

O documentário sobre Chico Xavier foi o primeiro filme/documentário dirigido por Fernando Portela, e produzido por Caio de Alcântara Machado.
 

domingo, 30 de dezembro de 2012

Por Humberto Werneck, com Fernando Portela

Muito perguntador, o cronista quis saber o que se quer de 2013 - e traz aqui um pouco do que veio nessa rede.
(...) 
O Fernando Portela, também para rimar, revela: "Nunca desejei tanto, como agora, a absoluta normalidade; as delícias da previsibilidade; e que tudo seja, além de simples, trivial".
(....)
Acesse o link da coluna pra ler na íntegra.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

De como se faz jornalismo literário


O ano, 1973. Os repórteres, Cláudio Bojunga e Fernando Portela, do Jornal da Tarde, de São Paulo. Os dois já haviam feito, juntos, uma grande reportagem sobre as fronteiras do Brasil, seguindo, literalmente, o desenho do mapa. Portela saiu do norte e foi para o oeste; Bojunga, viajou do sul ao oeste. Viram, de fato, um Brasil que ninguém conhecia, naquela época. Fernando Portela, aliás, descobriu na viagem as primeiras informações sobre a guerrilha do Araguaia que, anos depois, ele iria contar, numa matéria que fez História.  
Mas, naquele ano de 1973, a preocupação dos dois repórteres era com a idade dos últimos remanescentes do cangaço. Estavam morrendo, todos. Alguém precisaria ouvi-los – e rápido. Dividiram, mais uma vez, a tarefa: Fernando Portela fez a memória de Lampião, com as entrevistas possíveis, do nascimento do famoso cangaceiro até a travessia do São Francisco, quando iniciaram a segunda e última fase da saga bandoleira. Foi nessa segunda fase que Bojunga trabalhou, contando sobretudo a decadência, as primeiras batalhas perdidas, as traições e a morte da maioria dos cangaceiros. Sua entrevista com Dadá, viúva de Corisco, é antológica. 
Na foto acima, Fernando Portela acaba de escapar da morte após ter abordado o senhorzinho da esquerda – o terrível “macaco” Mané Neto.
Quando Portela chegou perto, o velho policial, num reflexo, pegou o revólver que ostenta na cintura e ameaçou apontá-lo para o jornalista.“É imprensa!”, gritou o repórter. “Sou jornalista e vim entrevistar o senhor, o mais famoso matador de cangaceiros”. O “macaco” guardou a arma. E, aliviado, o fotógrafo Josenildo Tenório registrou o encontro. Há controvérsias sobre se foi, de fato, o matador mais famoso, mas o repórter acredita que Mané Neto adorou aquele título, pois deu uma belíssima entrevista. Tanto a reportagem sobre fronteiras quanto a do cangaço acabaram por se transformar em livros, assim como o primeiro relato da guerrilha do Araguaia. Eram tempos de jornalismo literário, quando os leitores procuravam revistas e jornais também pelo prazer da leitura.