BIBLIOGRAFIA


A Velha Chama e A Negra Solidão (contos) - eBook pela Loqüi Editora, São Paulo, 2012.
Sinopse: Último livro de contos de Fernando Portela e se diferencia, ao menos na forma, dos trabalhos anteriores do gênero, uma trilogia iniciada por Allegro; O Homem dentro de um Cão; e Memórias Embriagadas. Na trilogia, para começar, não há minicontos, como neste último livro, e as histórias possuem certa identificação: seriam, todas, flashes do dia a dia; instantes na vida das pessoas em um País perplexo e confuso,  facilmente identificável como o Brasil, às vezes nas grandes cidades, às vezes no sertão nordestino, e até no sul, próximo da tríplice fronteira (Uruguai, Paraguai e Argentina).  Nas histórias da trilogia, é possível identificar, sem dúvida, o olho do repórter. 
Em A Velha Chama e A Negra Solidão, Fernando Portela está inteiramente à vontade com seus personagens exóticos. Não se dá limitação ou regra alguma. As histórias são curtas, curtíssimas e até longas, como o conto-título; o realismo brasileiro se intercala com outros mundos, universais, bastante explorados pelo autor, em que os vivos se misturam com os mortos, e tudo acaba em uma espécie de happening. Às vezes cruel, às vezes cômico. O humor, aliás, é um traço fundamental do trabalho literário de Fernando Portela. As histórias tornam-se saborosas em função dessa particularidade, que também fornece o encanto improvável a temas aparentemente desconcertantes.
O autor costuma mergulhar, quase sempre de cabeça, no chamado realismo mágico. Assim, de repente, você acha normal que uma centopéia gigante entre no banco e converse com o segurança; que o fantasma dos anos vinte do século passado se revolte com a exposição mediúnica de que é vítima; ou, ainda, que a idosa de 80 anos engravide de um Anjo.
Nunca existiu limites para a literatura de Fernando Portela. Ele próprio revela que, para quem nasceu na policromia colonial da cidade histórica de Olinda, em Pernambuco, e passou a infância ouvindo histórias, o mundo tinha de parecer assim, diverso, surpreendente, trágico – e, por isso mesmo, muito, muito engraçado. Ou o contrário.

  
História do Brasil: Verdades e Mentiras (pesquisas e reportagens) – eBook pela Loqüi Editora, São Paulo, 2012.
Sinopse: Neste livro, Fernando Portela desmistifica parte da história do Brasil que é ensinada na escola:
“Éramos crianças, ou ingênuos adolescentes, e nos disseram que o Brasil foi descoberto por um português chamado Pedro Álvares Cabral. Você ainda acredita nisso?
Rendemos homenagens, com feriado e tudo, aos libertadores da Inconfidência Mineira, um grupo de elite. E os movimentos populares da Revolução Pernambucana e da Conjuração Baiana, por que foram omitidos?
Tomamos da Bolívia um estado inteiro, matando milhares de índios. Você já se perguntou por que ninguém costuma tocar no assunto 'Acre'?
A Companhia das Índias, charmosa e progressista, ganhava dinheiro traficando escravos. E seus donos, os holandeses, proibiam contatos íntimos com negros. Por que não nos contaram?
Os 'heroicos' bandeirantes só usaram botas e chapéus nas suas próprias estátuas: andavam trapentos e descalços. Psicopatas, gostavam mesmo era de matar índios. Mas esqueceram de nos falar desses detalhes.
Etc., etc., etc.”


Memórias Embriagadas (contos) – Editora Noovha América, São Paulo, 2008.
Sinopse: No começo da década, Fernando Portela escreveu sem parar em todas as horas de descanso e folga de trabalhos jornalísticos. Daí nasceram cerca de 150 histórias que o autor, após submetê-las a um longo período de hibernação, a fim de lapidá-las, resolveu transformar em uma trilogia: Allegro, O Homem dentro de um Cão e faltava o livro-fecho: Memórias Embriagadas. O universo “levemente alucinógeno” do escritor, como o qualifica uma das apresentações de O Homem dentro de um Cão, é assumido, nesta nova obra, como um vagar pela embriaguez, um verdadeiro tour por aquelas regiões intermediárias entre e o sonho e o êxtase.
Em Memórias Embriagadas, as personagens de Fernando Portela costumam aventurar-se por mundos paralelos, mesmo quando, aparentemente, vivem um dia-a-dia real, simplório e factível. Talvez habitem (o autor parece preferir que o leitor dê a última palavra) um espaço irracional e violento, que não lhes oferece a taça do prazer, mas lhes enfia goela abaixo – como a todos nós, aliás – o fluido corrosivo dos bêbados por opção.
Leia um dos contos: Hoje, num futuro qualquer
Acesse o site da editora Noovha America ou da Livraria Cultura ou Livraria Saraiva para comprar o livro.


O Homem dentro de um Cão – Editora Terceiro Nome, São Paulo, 2007. Finalista do Prêmio Jabuti
Sinopse: Segundo livro da trilogia de Fernando Portela, gerado da decisão de escrever todos os dias, acontecesse o que acontecesse, tentando suprir uma necessidade emocional básica – inventar histórias. Naquela época, seu cotidiano estava completamente tomado pelo jornalismo, sua profissão há décadas. Mas durante seis meses, inventou histórias sem parar. E levou bem mais do que isso para reescrevê-las.
No primeiro livro, Allegro, são 91 contos que às vezes dão a impressão de que o autor está delirando. Nas suas histórias não há os bons e os maus, nem mesmo os vivos e os mortos – tudo se mistura e se arregla.
Em O Homem dentro de um Cão, há um número menor de histórias, mas os vivos, os mortos e os seres fantásticos continuam a conviver dentro do universo levemente alucinógeno criado pelo autor. “O leitor terá de adentrá-las (as histórias) preparado para, literalmente, qualquer coisa, inclusive a eventual normalidade”, escreveu Marco Antonio Arantes na apresentação.
Leia um dos contos no blog Tuda – papel eletrônico


Bonde, Saudoso Paulistano (pesquisas e reportagens) – Editora Terceiro Nome, São Paulo, 2006.









São Paulo, 1860 - 1960 - a Paisagem Humana (pesquisas) – Editora Terceiro Nome, São Paulo, 2004.


Allegro - tragicomédias, delírios, realismo, ambiguidades (contos) – Editora Terceiro Nome, São Paulo, 2003.
Sinopse: Primeiro livro da trilogia de Fernando Portela, Allegro reúne 91 histórias em que o autor brinca com a condição humana e percorre caminhos inusitados para relatar histórias do dia a dia. Em seus contos não há os bons e os maus, nem mesmo os vivos e os mortos, tudo se mistura, inclusive o real e o imaginário. O traço fundamental de seu trabalho literário talvez seja o uso que faz do humor, o que torna seus contos saborosos e dá um encanto particular até mesmo a certas histórias aparentemente terríveis. O autor mergulha no chamado realismo mágico. De repente, você acha normal a preocupação de um fantasma com sua própria mãe, ou ainda o difícil diálogo entre Nossa Senhora e o menino que não sabe se a viu.

Coleção Sete Faces (contos juvenis) – Doze livros junto a parceiros variados – Editora Moderna, São Paulo.

Coleção Viagem pela Geografia (ficção paradidática) – Quatorze livros – Editora Ática, São Paulo.


Um Gordo Feliz (novela infantil) – Editora Moderna, São Paulo, 1998.









Amei de Paixão (novela juvenil) – Editora Moderna, São Paulo, 1997.











Sonhos de arrepiar (novela juvenil) – Editora FTD, São Paulo, 1992.

Floripes some na Cidade Mágica (novela juvenil) – Editora FTD, São Paulo, 1990.

A Invasão do Paraíso (novela juvenil) – Editora FTD, São Paulo, 1987.

Além do Normal (reportagens) – Traço Editora, São Paulo, 1984.

Drogados da Vida (reportagens) - Traço Editora, São Paulo, 1983.

Lampião, o Cangaceiro e o Outro (reportagens, com Cláudio Bojunga) - Traço Editora, São Paulo, 1981.


Querido Senhor Assassino (contos) – Editora Símbolo, São Paulo, 1979.
Sinopse: Não se espante se ficar muito inquieto e ao mesmo tempo achar graça diante de uma sangrenta crueldade sexual. Não se surpreenda de tomar o mais fantástico dos enredos como realidade simples, cotidiana. 
A paranóia da violência pode se transformar em bom humor, enquanto o carinho aparente das relações familiares é capaz de provocar indignação, revolta.
O livro Querido senhor assassino, de Fernando Portela, é assim. 
Impossível, para qualquer leitor, é permanecer neutro diante das histórias e estórias que compõem este volume denso, profundo, excitante (e sutilmente político), onde o autor, senhor absoluto dos seus personagens e tramas, leva o leitor a mergulhar em paisagens estranhas, onde o Além-Real ganha uma total credibilidade. 
O sexo, visto pela morbidez da hipocrisia, que o autor jamais perdoa, e o assassinato, encarado como a suprema purgação, única saída a que alguns dos personagens de Fernando Portela têm direito, são os fios condutores desse livro, escrito com o talento extraordinário daquela casta de escritores a que se referia Ezra Pound, onde a linguagem está repleta de significados.


Guerra de Guerrilhas no Brasil (reportagens) – Editora Global, São Paulo, 1979; e Editora Terceiro Nome, São Paulo, 2002.
Sinopse: Primeira reportagem publicada na imprensa sobre a guerrilha do Araguaia, com a qual o texto de Fernando Portela praticamente dobrou a tiragem do Jornal da Tarde durante uma semana, em 1979. Esta edição traz uma nova entrevista com o hoje deputado José Genoino, que participou da guerrilha.





Fronteiras, Viagem ao Brasil Desconhecido (reportagens, com Cláudio Bojunga) – Editora Alfa Omega, São Paulo, 1978.
Sinopse: Projetos grandiosos, manobras inquietantes, conflitos diplomáticos, massacres de índios, disputas de terras – coisas que acontecem ao longo das fronteiras continentais do País. Isso e mais o urânio de Roraima, a vida e a morte dos índios Kainkang, os demarcadores de fronteiras, as cidades geminadas, o contrabando e os batalhões de fronteiras: são estes alguns dos palpitantes assuntos deste livro de Cláudio Bojunga e Fernando Portela, um trabalho de jornalismo interpretativo que procura desvendar "os motivos secretos e os segredos permanentes" da realidade brasileira.
Acesse o site da editora Alfa Omega para comprar o livro, com 40% de desconto.


Violência e Repressão (reportagens, com Percival de Souza e Marcos Faerman) – Editora Símbolo, São Paulo ,1978.
Sinopse: São histórias reais. Melhor dizendo: o impressionante é que todas as histórias deste livro são reais. Nelas, você vai ver como, nessa terra, é fácil matar, torturar, massacrar. E, o que é pior, como é fácil escapar impune. Você vai ver, também, como é fácil reprimir, violentar, enlouquecer as pessoas (...).  São três mestres da reportagem, e mais do que repórteres, escritores. Mas não é apenas o prazer da leitura que justifica este livro. O principal é que, lendo-o, você se pergunte: será possível, um dia lutar contra este mundo violento e repressor?” Impressionantemente ilustrado. Predecessor de “Estação Carandiru” do dr. Dráuzio Varella.


Leonora Premiada (contos) – Editora Duas Cidades, 1974.











Isto o Jornal não Conta (coletânea de contos de jornalistas) – Vertente Editora, São Paulo, 1970.


Fernando Portela escreveu e escreve: Livros de contos adultos; Livros de contos juvenis; Livros jornalísticos (pesquisas e reportagens); Roteiros de cinema; Livros institucionais (empresas e entidades); Ghost Writer.
Com a sua Loqüi Editora, já colocou no mercado: Coleções de livros paradidáticos (ensino médio); eBooks de livros de ficção e de jornalismo da sua autoria.

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